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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Loci Iacobi

Decorreu hoje a sessão solene e inauguração da exposição Loci Iacobi no Museu de Arte Sacra de Grândola.

Intervenção do
Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário:

* Ex.mo Senhor Dr. Manuel Macaísta Malheiros, Governador Civil do Distrito de Setúbal;
* Ex.mo e Rev.mo Senhor D. António Vitalino Dantas, Bispo de Beja;
* Ex.mo Senhor Eng. Armando Sevinate Pinto, Representante da Presidência da República;
* Ex.mo Senhor, Dr. Carlos Beato, Presidente da Câmara Municipal de Grândola;
* Ex.mo D. José María Picallo Búa, de la Xunta de Galicia;
* Mme Huguette Portal, de la Communauté d´Agglomération du Puy-en-Velay
* Mme. Madeleine Rigaud, Vice-Présidente de la Communauté d´agglomération du Puy-en-Velay;
* Ex.mo Prof. José António Falcão, Director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja;

Saúdo também:
O Senhor Presidente da Assembleia Municipal;
Os Senhores Vereadores;
A Senhora Presidente da Junta de Freguesia;
O Senhor Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém;
O Senhor Presidente da Caixa de Crédito Agrícola da Costa Azul;
O Senhor Presidente do Montepio Geral;
O Senhor Comandante do Regimento de Infantaria 3, de Beja;
O Senhor Governador Civil de Beja, Gen. Manuel Monge;
O Senhor Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Grândola;
As Estimadas Instituições e Associações, forças vivas da comunidade grandolense, aqui representadas;
A Comissão Fabriqueira da Paróquia;
Os Caríssimos cristãos da Paróquia de Grândola, e das demais Paróquias que me estão confiadas;

Minhas Senhoras e meus Senhores.
Hoje é dia de grande alegria para a Comunidade Cristã de Grândola, e penso poder dizê-lo também, se me é permitido, para o Concelho de Grândola, para o Litoral do Alentejo e para a Diocese de Beja.

Com esta Exposição damos corpo a um projecto, que a mim pessoalmente me acompanha, desde que cheguei, ao aperceber-me do vastíssimo e diversificado património da Paróquia de Grândola e da consequente obrigação de o darmos a conhecer à comunidade, como parte integrante da nossa identidade profunda.

Como já tive ocasião de o referir noutras ocasiões, estou profundamente convencido que a comunidade cristã deve estar inserida, envolvida na comunidade, contribuindo assim para o seu desenvolvimento integral, ou como diria o Papa Paulo VI, do “homem todo e de todo o homem”. A arte, pelo menos a arte de inspiração cristã, além do louvor a Deus, que lhe é conatural, educa, interpela, anuncia uma mensagem centrada no belo, no transcendente dimensões infelizmente escassas nas mensagens que nos são hoje transmitidas.

A presença de obras de arte oriundas de Portugal, mas também de Espanha e França, enriquecem significativamente a nossa Exposição e responsabilizam-nos em levarmos a cabo o projecto de dotarmos Grândola de um Museu de Arte Sacra, que, logo que a Exposição termine, em França, ficará definitivamente instalado em S. Sebastião. Estes dois projectos que se complementam, estou certo de que muito contribuirão para afirmar ainda mais a a riqueza e a centralidade de Grândola, e acrescentarão motivos para trazer ainda mais visitantes a esta terra morena de gentes fraternas.

Termino agradecendo à Comunidade Cristã, que acreditou e aderiu a este projecto.

Agradeço, obviamente, ao nosso Município, na pessoa do Senhor Presidente, mas não gostaria de deixar de fora os senhores vereadores, os técnicos e os funcionários que em diversos sectores deram um contributo essencial na concretização deste projecto. Uma palavra de agradecimento é também devido às empresas, aos particulares, aos amigos mais ou menos praticantes que também se envolveram e nos apoiaram.

Termino agradecendo o apoio do nosso Bispo, D. António Vitalino Dantas e, sobretudo, do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, na pessoa dos meus amigos Prof. José António Falcão e Dr.ª Sara Fonseca, que acreditaram neste projecto, desde o princípio, e o tornaram possível com o seu envolvimento e entusiasmo.

Muito obrigado.



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Diocese de Beja inaugura exposição «Lugares de Santiago»

Mostra, que inclui cartoon de Luís Afonso, pretende «aproximar obras do passado e da vanguarda» relacionadas com peregrinações a Compostela

Conchas de peregrino da época medieval
Le Puy-en-Velay
Lisboa, 02 Fev (Ecclesia) – O Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja inaugura a 5 de Fevereiro, no Museu de Arte Sacra de Grândola, a exposição "Loci Iacobi – Lugares de Santiago, Lieux de Saint Jacques".

A iniciativa, realizada em parceria com a Secretaria Xeral para o Turismo da Xunta de Galicia (Espanha) e a Communauté d'Agglomération du Puy-en-Velay (França), reúne obras de arte antiga e contemporânea provenientes de museus e igrejas dos três países envolvidos na mostra, refere o site da diocese de Beja.

Abrangendo cerca de três dezenas de obras de arte, da época medieval ao século XXI, a mostra “parte de uma reflexão acerca das raízes da peregrinação [a Santiago de Compostela] para revisitar alguns dos seus espaços privilegiados”.

As obras seleccionadas colocam em relevo as duas principais características que a tradição atribuiu ao apóstolo São Tiago: peregrino e guerreiro.

A dimensão humana da peregrinação revela-se em testemunhos da religiosidade quotidiana, como as colheres com a imagem do apóstolo e as jóias talhadas em azeviche, de característico fabrico compostelano.

No texto de apresentação da iniciativa, o Departamento do Património Histórico e Artístico salienta que “o desafio de aproximar obras do passado e da vanguarda” constitui “um dos fios condutores da exposição”. 

O exemplo mais significativo desta opção é o cartoon de Luís Afonso, realizado em 2010 para a exposição, que mostra “a importância assumida pelo desenho humorístico na arte” contemporânea.

“A sua integração dentro de um contexto dominado pelo património sacro não deixa de ser reveladora das metamorfoses ocorridas na maneira de abordar as questões religiosas”, assinala a organização.

A abertura da exposição coincide com a inauguração do Museu de Arte Sacra de Grândola, instalado na ermida de São Sebastião, construída no século XVI, e que desde cedo se transformou numa referência para quem percorria o Caminho de Santiago.

O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura atribuiu em 2010 o prémio ‘Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes’ à diocese de Beja, distinguindo, em nome da Igreja Católica portuguesa, o trabalho realizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico desde a sua fundação, em 1984.

DPHADB/RM

ECCLESIA